terça-feira, 8 de abril de 2008

Nando Reis e Os Infernais transformam o Armazém Uzina no próprio inferno!


O ex-titã Nando Reis esteve na capital alagoana no último domingo, 6 de abril, se apresentando com sua banda Os Infernais. Ainda em turnê de promoção do album "Luau Mtv" (que por sinal já passou por aqui, em outubro do ano passado, no Centro de Convenções de Maceió). Parte do projeto da Caixa, Eu Faço Cultura, o show estava programado para começar às 19 horas. Porém, como é de praxe no Brasil, o atraso imperou no Armazém Uzina (local do show). Uma fila bastante extensa se apresentava defronte ao Armazém, estendo-se até pouco depois do Banco do Brasil (agência do bairro do Jaraguá).

Perto das 21 horas, o espetáculo de abertura começou, já com grande parte do público dentro do recinto. Um grupo, ao qual infelizmente não recordo o nome (o motivo explicarei mais a frente), que mistura dança, música eletrônica e teatro (mix muito comum nesse nosso mundo "moderno") cumpriu seu papel: o de aquecer o público. Falando em público, esse compareceu em massa. Tanto que quase não dava pra se locomover do local sem perder um local legal para assistir ao concerto. E, além disso, o condicionador de ar da casa estava péssimo. Ou seja, muita gente e calor é uma péssima combinação. Algumas pessoas chegaram a passar mal no recinto. Aviso aos proprietários: vamos estruturar melhor a climatização do local, senão dificilmente eventos deste porte poderão ocorrer novamente no Uzina.

Bem, voltando ao que interessa, após a apresentação do grupo de Brasília, mais espera. E tome "roadies" afinando instrumentos, arrumando pedestais milimetricamente, conferindo a qualidade do retorno de som, etc. Ou seja, todas as necessárias parafernálias técnicas.

Enfim, faltando 10 minutos para às 22 horas, a banda surge no palco. Logo após Nando Reis sobe portando o clássico violão. Altamente ovacionado pelo público, o músico junto a sua banda abrem com a música "A Letra A", iniciando a parte semi-acústica do espetáculo. A galera cantou junto e Nando emendou com músicas como "Relicário" (a terceira do show) e "Sou Dela". Nando Reis possui um carisma acentuado e, domina perfeitamente as quase 3 mil pessoas (talvez mais, talvez menos) que estavam no local.

Praticamente metade do concerto (cerca de 1 hora) foi dedicada ao album Luau MTv, visto que, após esse período, os músicos pegam seus instrumentos amplificados (menos Nando, que empnhava seu tradicional violão) e desfilam hits pós hits. O público não parou nem um minuto sequer em músicas como "Os Cegos do Castelo", "Por Onde Andei", "Não Vou me Adaptar" (uma das que mais agitou), "O Mundo é Bão, Sebastião", "All Star", "Mantra", "O Segundo Sol", dentre outras, todas cantadas em uníssomo pela platéia. Esta que foi uma das mais genéricas que já vi num show: praticamente ali estava um show familiar. Crianças (algumas), adolescentes (muitos, até mesmo aqueles e aquelas que você nunca imaginaria encontrar num show do estilo - que visão restrita a nossa, heim?) , adultos, burgueses e não burgueses, pseudo revolucionários e alternativos, maurinhos e patricinhas. Ou seja, abrangência total de público. Isso é que público misto.

Voltando ao concerto: a banda encerra o show para, após menos de 2 minutos (mal deu para comprar minha cerveja - péssima por sinal! Quem inventou a tal da Brahma Fresh?) Nando Reis e Os Infernais voltam e praticamente 'incedeiam' o local ao tocarem "Do Seu Lado", aquele hit conhecido na versão do Jota Quest. Quase duas horas depois o show estava encerrado. Nando e banda jogam flores para o público que, aparentemente, estava satisfetíssimo com o show. E eu, completamente ensopado de suor, também. Que venham mais projetos como esse pra Maceió. A cidade está precisando!

Próximo evento? Biquini Cavadão dia 19 de abril, em Garanhuns - PE.
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Saldo:

Ponto alto? A apresentação da banda em si e a iniciativa do projeto em trazer música de qualidade a um preço mais acessível (os ingressos começaram a ser vendidos a 15 reais, contra os 30 do show anterior de Reis em outubro último) e, a performance de Nando Reis que, na minha opinião mostrou ser um 'frontman' de primeira, não perdeo pique, se comunica muito bem, tem grande carisma e domínio da platéia e, ainda faz aqueles trejeitos corporais dignos dos maiores "rock stars".

Ponto baixo? A voz de Nando Reis. Ainda não me acostumei com seu timbre vocal; ou seja, acho-a "feinha" pra caramba, mas isso é só um detalhe. Porém o que vale é que ele é um compositor de mão cheia, isso não posso negar.

Ponto péssimo? A super-lotação e a estrutura do Armazém Uzina. Talvez um número cerca de 10% menor de ingressos, junto à climatização eficiente do local torna-se o empreendimento mais confortável. Ou seja, por tudo que é mais sagrado, coloquem um ar-condicionado que funcione no local, pois, parafraseando o nome da banda, o Uzina parecia mais o Inferno!

Site-oficial: Nando Reis e Os Infernais.

2 comentários:

ArthurGama. disse...

Não tem como eu anular o fato de o Nando tem voz "feinha". Não consigo prestar direio atenção nas letras. Eu seria fã dele se ele fosse poeta.

Unknown disse...

Olá, Teo.

Gostaria de dar-lhe uma resalva quanto a climatização do ARMAZÉM UZINA. O estabelacimento é palco de grandes eventos e tudo depende da forma organizacional dos produtores. Começando pelo repasse de informações CORRETA sobre o evento, desde a estrutura ao fianlmente público a atingir, pois o mesmo evento já aconteceu lá, assim como CORDEL DO FOGO ENCANTADO,entre outros.
Cada espaço tem sua capacidade ocupacional e, deste modo sua estrutura correspondente. Segundo informações ,no caso deste evento; a produção contratou um serviço e na hora em que viu o "bicho pegar", quiz remediar. Infelizmente, não se pode tapar o sol com uma peneira...