quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Curto desabafo!

Recentemente a banda de rock australiana AC/DC lançou seu mais recente trabalho (mais especificamente dia 20 de outubro do corrente ano), intitulado "Black Ice". Surpreendentemente (ou não) a banda, que detém mais de 30 anos de estrada, alcançou uma mais que expressiva vendagem deste seu trabalho em diversos países, inclusive chegando ao primeiro lugar de vendas em muitos deles. Fato de destaque, sobretudo com a atual crise fonográfica, advindo principalmente dos downloads de músicas ilegais e da pirataria constante.

Contudo, uma nota veiculada ontem (28/10) no site da revista Roadie Crew me deixou bastante surpreso. Ei-la a seguir:


AC/DC no topo das paradas em 29 países

Lançado mundialmente no dia 20 de outubro, "Black Ice", o novo álbum do AC/DC, encabeça as paradas em 29 países, incluindo os EUA, Inglaterra, Alemanha, Canadá, França, Argentina, Japão, Austrália, Bélgica, Finlândia, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça e outros. Só nos EUA, exclusivamente pelo Walmart, Sam's Club e ACDC.com, "Black Ice" vendeu mais de 780 mil unidades na primeira semana de lançamento, fazendo deste o primeiro álbum da banda a estrear em primeiro nas paradas norte-americanas. Mais de 5 milhões de cópias do "Black Ice" estão disponíveis ao redor do mundo e, somando com as 5 milhões de unidades relativas ao catálogo da banda vendidas esse ano, é bem provável que o AC/DC encerre 2008 com a marca de 10 milhões de CDs em 12 meses.

(Fonte: http://roadiecrew.net/pt/index.php)

Parabéns à banda e seus produtores (como ao público que soube reconhecer a qualidade do trabalho apresentado). No entanto, o recorte que desejo fazer é a respeito do número de países que abraçaram este lançamento (29 países não é pouca coisa, concordam?) e, mais especificamente, que "Black Ice" tenha chegado ao topo no nosso tão estimado país vizinho, a Argentina. Sim, os hermanos mesmo. Engraçado, apesar de todas as rusgas e indiferenças, desta vez o Brasil saiu atrás dos argentinos. E o ponto de discussão aqui não é especificamente o de o Brasil não ter abraçado à tendência e ter colocado a banda austrailana no topo também. Mas sim a essência por trás de tal resultado. O que quero dizer é que esta notícia fez-me enxergar que, no nosso querido Brasil, uma banda do estilo nunca chegou ao topo das paradas e, muito menos, vendeu tão bem quanto nos demais países citados (incluindo aí nossa 'querida' Argentina).

Pois está dito. Minha crítica (ou lembrete) está mais para o ato (ou o não ato, no caso) do que para o conteúdo (ou o alvo em questão). Não importa o produto, mas sim o conteúdo e, conseqüentemente a qualidade deste. No entanto, no nosso querido, amável e teoricamente plural Brasil à excessão musical é quem conta. E dá-lhe downloads ilegais... talvez contando-os as "vendas" de "Black Ice" se equiparem aos demais paises listados.

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